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Category Archives: Notícias TRF4

A 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) confirmou na última sexta-feira (5/11) sentença que determinou a retirada de uma quadra de tênis no canto da antiga Salga, na Praia do Meio, em Florianópolis. Os réus, que são a Prefeitura de Florianópolis, a SLC Construção e Serviços e o proprietário do imóvel quando autuada a ação terão ainda que recuperar o ambiente degradado.

A ação civil pública foi ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) em 2012. Conforme o MPF, as edificações teriam sido colocadas irregularmente sobre a praia e o mar.

Em dezembro de 2015, a 6ª Vara Federal de Florianópolis, proferiu sentença determinando que retirassem a quadra e todos os equipamentos, bem como que recuperassem a área, com a restauração da paisagem natural.

Os réus apelaram ao Tribunal alegando que obtiveram o licenciamento à época e que a lei ambiental não poderia ser aplicada retroativamente. A Prefeitura alegou que não seria responsável pelos danos causados ao meio ambiente, pois a concessão de habite-se teria sido só para a residência e não para quadra de tênis e piscina construídas no imóvel.

Segundo a relatora do caso, desembargadora federal Vivian Josete Pantaleão Caminha, em matéria ambiental, não há direito adquirido à perpetuação de situações irregulares, ainda que tenham permanecido por longo período com aparência de legalidade. Caminha ressaltou em seu voto que houve flagrante desrespeito à legislação ambiental, com o impedimento de acesso da população a bem de uso comum do povo.

Quanto à alegação do Município, Caminha ressaltou que “constatados a infração à norma ambiental e os prejuízos daí decorrentes, o poluidor – e todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para a perpetração – estão obrigados à recomposição do meio ambiente”.

Cada um dos réus particulares deverá pagar multa de R$ 50 mil. Ao Município caberá demolir a edificação e liberar o acesso à praia. Ainda cabe recurso às instâncias superiores.


(Foto: Stockphotos)

A 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) reformou sentença e determinou que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) implante em 30 dias aposentadoria por invalidez de uma mulher com esquizofrenia. A decisão, tomada no dia 4/11, por unanimidade, estipulou ainda que a autarquia pague valores retroativos a março de 2015, data em que transitou em julgado o primeiro processo judicial da autora com pedido de auxílio-doença.

A segurada mora em Arroio do Sal (RS) e tem 35 anos. Ela recorreu ao Tribunal após ter o pedido negado em primeira instância na segunda ação que moveu. Em perícia médica, foi constatado que ela apresenta quadro psiquiátrico crônico com isolamento social, psicoses e sintomas refratários à medicação antipsicótica, ficando incapacitada para o trabalho e precisando da supervisão de terceiros.

Segundo o relator, desembargador federal Roger Raupp Rios, “é possível verificar que houve agravamento no quadro clínico da autora”. Ele apontou que o auxílio-doença deve ser pago do trânsito em julgado do primeiro processo que ela ajuizou (em 23/3/2015) até a data do laudo da ação atual (em 9/5/2018), quando o benefício deve ser convertido em aposentadoria por invalidez.

“Observa-se que, na hipótese, a autora, em que pese não ter idade avançada, encontra-se interditada para todos os atos da vida civil. O contexto conduz à grande improbabilidade de recuperação da capacidade laboral.  Como é de conhecimento geral, o mercado busca, atualmente, trabalhadores cada vez mais qualificados, com ótimo grau de escolaridade e que possam realizar atividades diversas, sem limitações”, escreveu Raupp Rios no voto.

Fachada do prédio do TRF4, em Porto Alegre
Fachada do prédio do TRF4, em Porto Alegre (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4)

A Escola da Magistratura do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (Emagis/TRF4) iniciou na manhã de hoje (10/11) o “Curso sobre Execução Penal”. A abertura do evento foi realizada de forma online em conferência pela plataforma eletrônica Zoom.

O curso é voltado para magistrados federais e busca abordar a aplicação de técnicas e procedimentos eficientes na solução de problemas jurisdicionais no âmbito das execuções penais, especificamente sobre o cumprimento de penas alternativas, sobre o regime aberto e semiaberto, e a destinação de bens e valores por Varas Criminais. A coordenação científica é dos desembargadores federais do TRF4, Salise Monteiro Sanchotene e Luiz Carlos Canalli, e a carga-horária é de 20 horas-aula.

“A temática da execução penal possui alta relevância na atuação tanto dos juízes em primeiro grau quanto das Turmas do Tribunal. O juízo de execução é uma atividade especial da prestação jurisdicional. Sem dúvida, esse aspecto merece uma consideração atenta por parte da Escola da Magistratura”, destacou Canalli na abertura das atividades.

“O curso traz palestrantes e convidados que vão nos dar outros pontos de vista e informar aos alunos sobre o que tem sido feito em todo o Brasil nas iniciativas relacionadas à execução penal. Nos últimos anos, houve muitas mudanças legislativas que impactaram a execução e vários aspectos controvertidos decorrentes dessas alterações devem ser debatidos pelos magistrados”, ressaltou a desembargadora Sanchotene.

Após a fala dos coordenadores científicos, foi iniciada a primeira palestra do curso com o tema de “Remição da pena pela leitura”. O conferencista foi o agente federal de execução penal e coordenador de Educação, Cultura e Esporte do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Carlos Rodrigo Martins Dias, e a juíza federal substituta da Seção Judiciária de Santa Catarina Micheli Polippo foi a debatedora.

Martins Dias explicou que um dos principais problemas enfrentados dentro dessa temática é “a baixa oferta de vagas de atividades educacionais, seja de educação básica, de qualificação profissional ou de atividades complementares, aos privados de liberdade nos estabelecimentos prisionais”.

O conferencista também reforçou que “essa é uma pauta muito cara para nós que estamos no dia a dia das unidades prisionais e que lidamos com as pessoas presas e com as expectativas delas em relação à leitura”.

Ele concluiu apontado que “ainda são somente alguns apenados que tem acesso à possibilidade de remição de pena pela leitura ou estudo, mas já existem resoluções do Conselho Nacional de Justiça e projetos do Depen buscando a universalização da leitura para todos presos, até mesmo para aqueles com menor escolaridade ou que estão em processo de alfabetização”.

O primeiro dia do evento foi encerrado com a palestra do juiz de Direito da 1ª Vara Criminal de Sorocaba (SP) e doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Jayme Walner de Freitas, sobre “Doação voluntária de sangue como pena restritiva de direitos”. A mediação do painel foi feita pelo juiz federal da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul Eduardo Gomes Philippsen.

As atividades seguem na plataforma Zoom nos dias 11, 17, 18, 24 e 25 deste mês, sempre pelo período da manhã. Para obter mais informações, clique aqui para acessar a página do curso e clique aqui para conferir a programação geral das aulas.

As aulas do curso acontecem na plataforma Zoom
As aulas do curso acontecem na plataforma Zoom (Imagem: Emagis/TRF4)

O desembargador Luiz Carlos Canalli é um dos coordenadores científicos do curso
O desembargador Luiz Carlos Canalli é um dos coordenadores científicos do curso (Imagem: Emagis/TRF4)

A desembargadora Salise Monteiro Sanchotene, que também é coordenadora científica, falou na abertura do evento
A desembargadora Salise Monteiro Sanchotene, que também é coordenadora científica, falou na abertura do evento (Imagem: Emagis/TRF4)

O primeiro palestrante foi o coordenador de Educação, Cultura e Esporte do Depen, Carlos Rodrigo Martins Dias
O primeiro palestrante foi o coordenador de Educação, Cultura e Esporte do Depen, Carlos Rodrigo Martins Dias (Imagem: Emagis/TRF4)

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Conselho da Justiça Federal (CJF), ministro Humberto Martins, visitou nesta tarde (10/11) o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). O ministro foi recebido pelo presidente, desembargador Ricardo Teixeira do Valle Pereira, e pelos desembargadores Fernando Quadros da Silva, vice-presidente, Cândido Alfredo Silva Leal Júnior, corregedor regional da Justiça Federal da 4ª Região, e Luís Alberto d’Azevedo Aurvalle. 

Os magistrados trocaram experiências sobre a carreira jurídica e a jurisdição nos tribunais. O ministro se disse satisfeito de poder visitar presencialmente os colegas e relembrou histórias de sua trajetória profissional. “Vacinado e com todos os cuidados, é um prazer poder voltar ao Rio Grande do Sul”, afirmou Humberto Martins. 

Também participaram do encontro a diretora-geral da corte, Sandra Mara Cornelius da Rocha, e o secretário-geral da Presidência do STJ, Jadson Santana de Souza.
 

(da esq. p/dir.) Jadson Santana, secretário-geral da Presidência do STJ; des. Cândido Leal Júnior, corregedor regional da JF4; Sandra Mara Cornelius da Rocha, diretora-geral do TRF4; Min. Humberto Martins, presidente do STJ; des. Ricardo Teixeira do Valle Pereira, presidente do TRF4; des. Fernando Quadros da Silva, vice-presidente do TRF4
(da esq. p/dir.) Jadson Santana, secretário-geral da Presidência do STJ; des. Cândido Leal Júnior, corregedor regional da JF4; Sandra Mara Cornelius da Rocha, diretora-geral do TRF4; Min. Humberto Martins, presidente do STJ; des. Ricardo Teixeira do Valle Pereira, presidente do TRF4; des. Fernando Quadros da Silva, vice-presidente do TRF4 (Foto: Diego Beck/TRF4)

O desembargador federal Thompson Flores, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), negou liminar em mandado de segurança impetrado pela Facebook Serviços Online do Brasil e manteve o bloqueio de R$ 10 milhões nas contas bancárias da empresa. O valor refere-se à multa por cumprimento parcial de decisão judicial da 2ª Vara Federal de Santana do Livramento (RS), proferida em 2015, de concessão de interceptação do Whatsapp, aplicativo provido pela ré, para investigação criminal.

O Facebook apelou ao Tribunal após ter a liminar indeferida em primeira instância. Na ação, é pedida a exclusão da multa, referente a 720 dias em que não foi cumprida a ordem judicial, ou o redimensionamento da sanção.

A empresa sustenta que já foi reconhecido pelo Tribunal o cumprimento parcial das ordens judiciais, acarretando em redução do valor da multa diária. Também alegou a impossibilidade técnica de cumprimento da decisão judicial, pois, como as mensagens são protegidas por criptografia, não seria possível realizar o fornecimento solicitado pela Justiça.

Segundo Thompson Flores, não há ‘perigo de demora’ da decisão que justifique o provimento liminar, ou seja, as atividades da empresa não estão em risco, devendo ser aguardado o trâmite normal do processo.

“Em sede de cognição sumária, própria deste momento processual, anoto que a decisão combatida se encontra fundamentada e não apresenta flagrante ilegalidade/arbitrariedade a ensejar o deferimento da medida liminar demandada”, afirmou o magistrado.


(Foto: Stockphotos)

O Laboratório de Inovação da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul, o Inovatchê, participará com duas oficinas da Semana de Inovação, evento online e gratuito promovido pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), que ocorrerá entre os dias 9 e 12 de novembro. Um dos principais eventos da área na América Latina, a Semana de Inovação terá a participação de diversos órgãos públicos brasileiros.

No dia 10 de novembro, às 19h, será apresentada a ‘Oficina de Descolonização do Futuro’, na qual se promove uma reflexão sobre o papel do serviço público na promoção da sustentabilidade. No dia seguinte, às 8h, ocorrerá a ‘Oficina de Evolução Organizacional’, na qual são utilizadas dinâmicas e ferramentas visuais para propor novos rumos para o serviço público.

Esta é a sétima edição do evento, que neste ano traz o tema “Ousar transformar”, proporcionando debates e troca de experiências entre servidores públicos sobre iniciativas de uso de tecnologias, metodologias e processos para a melhoria do serviço público brasileiro. Além de representantes de órgãos públicos, serão trazidos palestrantes nacionais e internacionais para realizar mesas redondas e outros formatos de atividade.

Inscrições e programação completa do evento disponível no site clicando aqui.


(Foto: ENAP/Governo Federal)

Em encontro inaugural da XVI Semana Nacional de Conciliação realizada hoje pela manhã, a Justiça Federal da 4ª Região reuniu magistrados e servidores de todas as Seções Judiciárias para exporem as atividades que serão desenvolvidas durante a campanha. O evento é impulsionado anualmente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e neste ano vai ocorrer entre os dias 08 e 12 de novembro.

Como anfitriã, a desembargadora federal Vânia Hack de Almeida, coordenadora do Sistema de Conciliação da 4ª Região (SISTCON), falou sobre a Semana Nacional de Conciliação. “Uma semana que se constitui em importante evento difusor das práticas autocompositivas. Essa campanha do CNJ é anual, como conhecemos, mas esta edição traz o conceito ‘Conciliação: Mais tempo para você’. Nos chama a atenção de que a escolha pela solução autocompositiva significa ganho de tempo, uma maior eficiência, para o cidadão e para a justiça. Importa, porém, destacar que a busca pela pacificação dos conflitos estimulando-se a autonomia das partes decidirem, influencia positivamente a constituição de comportamentos agregadores, construtivos, solidários, extremamente necessários, sobretudo em tempos de beligerância latente. Assim, a nossa relação com o tempo deve ultrapassar a visão de mera economia do tempo gasto, que se sabe importante, porém é necessário ir além e conferir ao tempo, qualificadores que nos levem a um maior grau de humanização das relações. Isto só é possível com o diálogo”, ela enfatizou.

Ainda, a magistrada mencionou as adequações que a Justiça Federal da 4ª Região precisou realizar para continuar com suas atividades durante a pandemia. “Devido às dificuldades trazidas pela pandemia, tivemos novas formas e meios para manter o diálogo tão essencial à conciliação. Uma migração para audiências tele presenciais e o uso do Fórum de Conciliação Virtual. Tudo nos permitiu o prosseguimento das atividades e muito aprendemos com esses tempos adversos para a população”, ela completou.

Antes de ouvir sobre as atividades que serão desenvolvidas nos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSCONs) das três Seções Judiciárias, a desembargadora ainda agradeceu aos magistrados, servidores e parceiros da 4ª Região. “No momento que celebramos mais uma semana intensa para muitos, é imprescindível destacar as atividades conciliatórias realizadas ao longo do ano, que demonstra a atuação de todos os envolvidos da 4ª Região”, concluiu Hack de Almeida.

A juíza federal Anne Karina Stipp Amador Costa, coordenadora do CEJUSCON do Paraná, destacou que as atividades naquela Seção serão desenvolvidas de forma totalmente virtual. Ela mencionou o mutirão planejado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes para ser realizado na Subseção de Umuarama (PR), sobre 107 processos de desapropriação em trecho da rodovia BR 487. Fazendo referência ao livro de Valter Hugo Mãe, “O filho de mil homens”, ela citou que vê “a conciliação como uma filha de mil homens e mil mulheres que estão contribuindo para a cultura da paz e do diálogo”. Por fim, a juíza destacou que se sente “feliz pelo nascimento da irmã da conciliação, a justiça restaurativa, que vem para auxiliar e muito nesse ambiente de pacificação judicial”.

Em seguida foi a vez da coordenadora do CEJUSCON de Santa Catarina, a juíza federal Eliana Paggiarin Marinho, demonstrar as atividades planejadas. “Quando pensamos na SNC, fizemos contato com o Instituto Nacional do Seguro Social e com a Caixa Econômica Federal. Em relação ao INSS será possível desenvolver atividades posteriores à Semana, já com a Caixa serão realizadas atividades de conciliação nesta semana, a instituição elaborou listas de processos referentes a contratos que poderiam ter proposta de acordo, usaremos as salas virtuais para realizar as audiências”, ela explicou.

A coordenadora do CEJUSCON do Rio Grande do Sul, juíza federal Daniela Tocchetto Cavalheiro, durante um relato emocionado sobre o período de pandemia que impediu a presencialidade dos magistrados e servidores da 4ª Região, destacou considerar “um orgulho participar dessa atividade juntamente com os magistrados e servidores que atuam nas linhas de frente da conciliação, e quero agradecer ao trabalho dos meus colegas queridos”. Ela anunciou que, em Porto Alegre, existem 287 processos em pauta para a SNC. “A Caixa tem feito um excelente trabalho e participado ativamente da Conciliação”, destacou a juíza. Ela ainda ressaltou o elevado número de ações referentes a contratos comerciais que serão pautados essa semana, também no interior do Estado.

Ainda falaram representantes da 26ª Vara Federal de Porto Alegre, especializada em conciliação, que trouxeram o exemplo de processos tratados sobre a nova Ponte do Guaíba. “Amanhã, por exemplo, vamos fazer um processo pendente de tratativas junto ao DNIT referente às desapropriações para construção da Ponte e será realizada presencialmente, pois acredito que para ações que envolvem pessoas extremamente carentes é mais confortável que seja presencial, devido à dificuldade de acesso à internet”, explicou o juiz federal Hermes Siedler da Conceição Júnior. A juíza federal Ana Inès Latorre falou sobre as atividades relacionadas ao Programa Justiça Inclusiva, que atua com foco nos segurados do INSS que são dependentes de substâncias psicoativas e ingressam com ações judiciais requisitando benefício previdenciário. O programa integra a possibilidade de acordo aos beneficiários que se comprometerem ao tratamento na rede pública de saúde. Este ano está completando seis anos de implantação.

O juiz federal Eduardo Picarelli apontou a importância do trabalho de equipe que tem impulsionados ações estruturantes da conciliação em diversos temas. O juiz federal Bruno Santos, destacou as atividades que estão sendo organizadas para impulsionar as conciliações junto aos órgãos gestores da Saúde, enquanto o juiz Erivaldo dos Santos abordou as atividades em curso para avançar na autocomposição no tema de moradia.

A juíza federal substituta Catarina Volkart Pinto, coordenadora do Núcleo de Justiça Restaurativa (NUJURE), informou sobre a realização do primeiro curso de formação de conciliadores e mediadores judiciais, iniciado há algumas semanas, que terá aula aberta durante a Semana Nacional de Conciliação. Ela ressaltou ainda as etapas de implantação do Programa de Justiça Restaurativa na 4ª Região, com a constituição dos centros de justiça restaurativa e da formação de facilitadores. Já a juíza federal auxiliar do SISTCON, Ingrid Schroder Sliwka, apresentou o importante trabalho e as ferramentas disponíveis para promover soluções autocompositivas durante o período de pandemia, como o Auxílio Emergencial e fluxos específicos para tratar pela via do acordo processos da poupança e de temas que envolvem a União. A juíza Maria Lúcia Titton abordou o início das tratativas com a Procuradoria Regional da Fazenda Nacional, visando buscar a solução pela via da conciliação na matéria tributária e fiscal, até então pouco explorada.

Estão programadas cerca de 2.300 audiências de conciliação e 1.070 Fóruns de Conciliação Virtual durante a Semana Nacional de Conciliação, além das negociações que ocorrerão por propostas de acordos juntadas nos autos dos processos eletrônicos. Além disso, ao longo do ano de 2021 mais de 20 mil Fóruns de Conciliação Virtual foram abertos, mais de 15 mil audiências de conciliação foram realizadas e 54 mil acordos se encontram homologados pelos CEJUSCONs e Varas Federais.

Antes do encerramento, foram levantadas perspectivas de organização de atividades do Sistema de Conciliação, com vistas ao aprofundamento da troca de experiências.

Encontro virtual marcou a abertura da XVI Semana Nacional de Conciliação na Justiça Federal da 4ª Região
Encontro virtual marcou a abertura da XVI Semana Nacional de Conciliação na Justiça Federal da 4ª Região (Imagem: Sistcon/TRF4)

A reunião contou com a participação de magistrados e servidores de todas as Seções Judiciárias da 4ª Região
A reunião contou com a participação de magistrados e servidores de todas as Seções Judiciárias da 4ª Região (Imagem: Sistcon/TRF4)

O desembargador Luiz Carlos Canalli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), negou dois habeas corpus impetrados por investigados no âmbito da “Operação Tavares”, deflagrada pela Polícia Federal (PF), e manteve as prisões preventivas de André Luiz Gross e de Bruno Martins Nery. A operação tem o objetivo de identificar e combater uma organização criminosa responsável por contrabando de cigarros que atua no Estado do Rio Grande do Sul. As decisões do desembargador foram proferidas em regime de plantão durante o último fim de semana (6 e 7/11).

Os investigados foram flagrados pela equipe policial, em maio deste ano, gerenciando o fluxo de caminhões em um depósito da organização criminosa, localizado no município de Estância Velha (RS), na região metropolitana de Porto Alegre.

A 11ª Vara Federal da capital gaúcha decretou a prisão preventiva de Gross e Nery, que foram apontados pela PF como integrantes do esquema de transporte de cargas do grupo criminoso. As defesas ajuizaram pedidos de liberdade provisória, porém estes foram indeferidos pelo juízo de primeira instância.

Dessa maneira, os advogados impetraram os habeas corpus no TRF4 solicitando a revogação dos decretos de prisão. Foi alegado que os investigados possuem bons antecedentes e empregos lícitos, e que as famílias deles dependem economicamente dos dois.

O desembargador Canalli indeferiu os pedidos. Para o magistrado, existem indícios suficientes de autoria, além de prova da materialidade dos delitos de contrabando de cigarros e de participação em organização criminosa, sendo a prisão preventiva necessária como garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal.

“Constata-se ser concreta a necessidade de manutenção da prisão preventiva, para garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal, de modo a fazer cessar a prática delitiva, tendo em vista os indícios da participação em organização criminosa voltada para o contrabando de cigarros em larga escala, com vastos recursos financeiros, capaz de refazer o seu modus operandi, com alteração do local principal de produção e armazenagem, bem como a troca dos veículos e agentes utilizados na empreitada, tendente a burlar eventuais investigações policiais”, destacou Canalli sobre os dois investigados.

O desembargador concluiu apontando que “eventuais condições favoráveis aos pacientes, tais como, endereço certo, ocupação lícita e família constituída, por si só, não têm o condão de obstar o decreto de segregação preventiva, se presentes um ou mais dos elementos componentes do periculum libertatis (perigo que a libertação infere à ordem pública), como ocorre na espécie”.


(Foto: Stockphotos)

O diretor do Foro da Seção Judiciária do Paraná, juiz federal José Antonio Savaris, será um dos palestrantes do I Fórum Virtual de Medicina Legal do Conselho Federal de Medicina (CFM), uma das atividades do V Congresso Brasileiro de Medicina Legal e Perícias Médicas, que acontecerá neste sábado (13/11), das 9h às 12h, por videoconferência via Zoom e transmitido pelo Youtube do Conselho Federal de Medicina.

Com o tema “A influência da pandemia na Medicina Legal e Perícia Médica”, o Fórum, promovido pela ABMLPM (Associação Brasileira de Medicina Legal e Perícias Médicas), objetiva discutir a situação atual dos Institutos Médicos Legais (IMLs). O debate trará questões éticas enfrentadas na telemedicina na realização do Ato Médico Pericial, também discutindo a postura do legista frente ao sucateamento dos IMLs pelo país e obrigatoriedade do uso do Protocolo de Istambul.

O Fórum faz parte da programação híbrida desta edição, com encontros presenciais e à distância. O evento contará com a participação de membros da Associação Latino Americana de Direito Médico, além da diretoria da ABMLPM, conselheiros federais, médicos legistas, peritos e demais especialistas.

 As inscrições para associados e não associados à entidade, estudantes de graduação, residentes, operadores de Direito e interessados em cursos e oficinas poderão ser realizadas até o dia anterior ao evento. Certificados serão emitidos aos participantes inscritos. 

 Para programação do evento e mais informações, acesse: congressoabmlpm2021.com.br


(Foto: CFM – YouTube)

O presidente e o vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), desembargadores Ricardo Teixeira do Valle Pereira e Fernando Quadros da Silva, respectivamente, receberam nesta tarde (9/11) o presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT9), desembargador Sérgio Murilo Rodrigues Lemos, em visita institucional.

Os magistrados conversaram sobre a colaboração que tem havido entre os dois órgãos, sendo que Lemos agradeceu a cedência de aprovados no concurso do TRF4 para a ocupação de cargos no TRT9. “Poder fazer essas nomeações tem sido um alento. A pandemia nos trouxe essa noção da importância de nos apoiarmos”, ele ressaltou.

Valle Pereira enfatizou a relevância de uma política de parcerias entre órgãos públicos. “Tenho buscado desenvolver relações institucionais, tanto com o Judiciário federal como com o estadual”, destacou o magistrado. As adaptações e evoluções tecnológicas havidas na pandemia também foram assunto dos dirigentes.

Os diretores-gerais dos dois tribunais, Sandra Mara Cornelius da Rocha (TRF4) e Rafael Araújo Leal (TRT9) também participaram do encontro.

(da esq. p/dir) Valle Pereira, Sandra, Leal, Quadros da Silva e Lemos
(da esq. p/dir) Valle Pereira, Sandra, Leal, Quadros da Silva e Lemos (Foto: Diego Beck/TRF4)

Encontro ocorreu no Gabinete da Presidência
Encontro ocorreu no Gabinete da Presidência (Foto: Diego Beck/TRF4)