Na sessão de julgamentos desta quarta-feira (1º), a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manifestou pesar pelo falecimento do jurista José Manoel de Arruda Alvim Netto, que morreu na mesma data, aos 85 anos de idade.
Em nome do tribunal, o presidente do STJ e do Conselho da Justiça Federal (CJF), ministro Humberto Martins, enalteceu a dimensão do legado jurídico e acadêmico do professor Arruda Alvim.
"Tratava-se de um jurista de notável conhecimento não só jurídico, mas também humanístico. Foi um professor extraordinário e um ser humano ímpar quanto à sua conduta ética, moral e profissional. Tenho certeza de que o professor Arruda Alvim combateu o bom combate e deixou um exemplo vivo por meio de suas obras e seus ensinamentos", declarou Martins.
Durante a sessão, o ministro Herman Benjamin também lamentou o óbito do jurista Arruda Alvim, de quem foi aluno.
"Nele, enxerguei um professor perfeito pela paciência que tinha com todos nós e pela vontade não de impor os seus pontos de vista, mas de esclarecer dúvidas e, eventualmente, formar bons profissionais do direito", recordou.
Atualmente, José Manoel de Arruda Alvim Netto atuava como advogado e consultor jurídico, e era professor titular de direito civil e coordenador da área de direito processual civil da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Ao longo da carreira, o jurista Arruda Alvim exerceu os cargos de procurador da Fazenda Nacional de São Paulo e juiz do 1º Tribunal de Alçada Civil de São Paulo, tendo se aposentado como desembargador do Tribunal de Justiça paulista.
Mestre e doutor em direito pela PUC-SP, Alvim possui diversos trabalhos publicados em revistas especializadas no Brasil e no exterior.