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Os juízes federais Fábio Vitório Mattiello e Fábio Dutra Lucarelli tomaram posse na tarde de hoje (5/7) nos cargos de diretor e vice-diretor do Foro da Seção Judiciária do RS (SJRS), respectivamente, para o biênio 2021-2023. A cerimônia foi presidida pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), desembargador federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira.

A posse foi realizada de forma semipresencial, apenas com os juízes empossandos, o presidente do TRF4, o corregedor regional, desembargador federal Cândido Alfredo Silva Leal Júnior, presentes na sede da instituição, em Porto Alegre, acompanhados de um número restrito de familiares. As demais autoridades e convidados participaram de forma virtual, pela plataforma Zoom. O evento foi transmitido online pelo canal oficial da Justiça Federal do RS (JFRS) no Youtube.

Gestão que se despede marcou atuação no bem servir ao público

Concluindo seu mandato, o juiz federal Paulo Paim da Silva destacou a presença da procuradora-chefe da República no RS, procuradora da República Cláudia Vizcaychipi Paim, sua esposa, que também é a gestora do Ministério Público Federal no estado. Ressaltou que ela entende a importância, as dificuldades e o trabalho envolvido na função do administrador, e também dos efeitos colaterais advindos, principalmente nas demandas familiares.

“O diretor do Foro, dr. Mattiello, trabalha no regime 24 horas por dia, 7 dias por semana para responder as várias demandas, mas é um trabalho que vale a pena. Ele é muito gratificante”, registrou. Silva também agradeceu todo o apoio recebido para execução desta “nobre missão”, da Presidência e Corregedoria do TRF4, passando pelos juízes auxiliares, diretores de Foro das subseções do interior do RS e também das Seções Judiciárias do Paraná e Santa Catarina, além das juízas, dos juízes e das servidoras e servidores.

O magistrado também mencionou algumas realizações de sua gestão, marcada pela pandemia da Covid-19, como a mobilização e organização para dar conta dos inúmeros pedidos e ações envolvendo o benefício do auxílio emergencial. Esta necessidade, inclusive, culminou no desenvolvimento do Sistema Digital de Atermação. Destacou ainda as novas sedes entregues, de Santana do Livramento e Cachoeira do Sul, construídos na modalide “build to suit”, em que há a publicação de um edital de chamamento para selecionar um investidor interessado em construir um prédio que atenda às necessidades da instituição, que envolvem acessibilidade plena e, recentemente, também requisitos de sustentabilidade.

O magistrado também destacou que o foco da instituição é a cidadã e o cidadão. “Nosso cliente é nosso patrão. É para ele quem temos que prestar contas da nossa atividade. A nossa atividade principal é a prestação jurisdicional. Se atuamos no meio administrativo, temos o foco de dar um resultado. Nós cuidados de prédios, e cuidamos muito bem, mas cuidamos principalmente de pessoas, daquelas que aqui trabalham para que elas estejam bem e atendam bem as pessoas que buscam nossos serviços”.

Ele concluiu desejando boa sorte aos novos gestores e afirmando estar junto neste momento para o auxílio que for necessário. “É a passagem do bastão. Uma corrida de revezamento em que se entrega o bastão e, por uns momentos, corre junto ao lado para garantir que o bastão não caia, que haja solução de continuidade no trabalho e que quem assume sinta o apoio”, concluiu.

Já a secretária-geral adjunta da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do RS, representando a Presidência do órgão, advogada Fabiana Azevedo da Cunha Barth, parabenizou a nova gestão afirmando que certamente ela dará continuidade a esse belíssimo trabalho “que bem retrata a importância do desempenho com propósito de servir ao público, que é realmente aquilo que todos nós que integramos o Sistema de Justiça estamos dispostos fazer”. Ela destacou a importância deste sistema para “que tenhamos de forma efetiva a Justiça no nosso país funcionado em harmonia. Uma Justiça que é essencial para concretizar aquilo que a nossa Constituição refere como a sociedade que queremos ter no nosso país, uma sociedade justa, igualitária e, acima de tudo, que dê condições para que todas as pessoas consigam viver em paz, em harmonia”.

A procuradora-chefe da República do RS, procuradora da República Cláudia Vizcaychipi dividiu sua fala em dois momentos. No primeiro, direcionado ao gestor que se despede da função, seu esposo. “Por essas coincidências da vida, nós assumimos as administrações das nossas instituições no primeiro grau no mesmo biênio. Então, eu posso atestar que foram dois anos de muito trabalho e empenho”. Ela lembrou que, no início, pensaram que o maior desafio seria as limitações orçamentárias que a Emenda nº 95 impôs e a necessidade de viabilizar que as instituições conseguissem prestar um serviço público de qualidade.

Entretanto, no início de 2020, eles se defrontaram com a Covid-19, depois a pandemia, sistema de saúde colapsado, medo, incertezas, trabalho remoto obrigatório e um desafio sem paradigmas. Foi preciso conciliar, no isolamento, as atividades de gestores das instituições às demandas domésticas, os cuidados com os filhos, já que o “prédio da Justiça Federal estava fechado, mas a prestação jurisdicional nunca parou e nem poderia parar”.

Ela registrou o empenho do esposo que “envidou todos os esforços para que a missão que se propõe a Justiça Federal fosse alcançada, que é uma prestação jurisdicional acessível, rápida e efetiva”. “Quero deixar expresso o meu orgulho e de nossas filhas porque o Paulo teve um desempenho muito bom na função de diretor do Foro sem ter descuidado da sua principal função que é ser pai”, concluiu.

À nova gestão, a procuradora-chefe desejou muito sucesso e a melhora nas condições da pandemia para que possam ter um trabalho com mais tranquilidade nesse sentido. “Contem sempre com o Ministério Público Federal para estabelecer parcerias que beneficiem a sociedade e fortaleçam o Sistema de Justiça”, ela disse.

Nova gestão foca nos desafios e no comprometimento com as competências constitucionais

O novo diretor do Foro iniciou seu discurso elogiando o trabalho de seu antecessor, afirmando que ele vivenciou um momento único, sem precedentes em meio à crise sanitária da Covid-19. “Períodos de crise são extremamente desafiadores porque, embora transitórios, podem deixar marcas profundas. Nesta perspectiva, a gestão que se encerra, que aqui na Seção Judiciária esteve sob a responsabilidade do colega Paulo Paim, está de parabéns porque soube utilizar os recursos humanos e eletrônicos disponíveis de modo muito eficaz”.

Mattiello ressaltou que, neste período de pandemia, funcionamento remoto e prédios vazios, a Justiça Federal continuou cumprindo suas competências constitucionais. Ele destacou que este cenário só foi possível “porque a Justiça Federal, especialmente da 4ª Região, vem sendo há muito pensada estrategicamente. É dentro desta perspectiva estratégica que gestões anteriores do nosso egrégio Regional criaram e desenvolveram o processo eletrônico”.

Ele pontuou que cada gestão tem seus próprios desafios, acreditando que a nova gestão deverá preparar o retorno presencial as atividades a partir de um modelo que será construído. “Avaliando as necessidades de ser geral ou parcial, a minimização dos riscos de adoecimento e o cumprimento efetivo e célere das nossas competências constitucionais”.

O diretor do Foro expressou o comprometimento com a “disposição para o trabalho, a fidelidade à instituição, a busca de solução para os desafios decorrentes da pandemia, bem como os desafios estratégicos necessários para que a Justiça Federal continue cumprindo adequadamente com sua obrigação com a realização da Justiça”. Ele também destacou a importância do corpo funcional para a excelência do trabalho realizado na instituição.

“Conhecendo meus colegas magistrados reafirmo aqui minha crença na qualidade da jurisdição prestada por esta instituição nas decisões que são prolatadas diariamente. Da experiência de magistrado por mais de 20 anos, sou também testemunha da qualidade do quadro de servidores desta casa. O que me permite a crença de que o serviço público de qualidade depende da seleção por concurso público, carreiras públicas adequadamente remuneradas, valorizadas e respeitadas profissionalmente. Aqui, juízes, membros do Poder Judiciário com plena independência funcional, e servidores, quadro de pessoal próprio, estável e profissionalizado, se unem para o cumprimento do objetivo fundamental e existencial do Poder Judiciário que é o de fazer Justiça”, declarou.

O término de sua fala foi marcado pelo reconhecimento à sua família. “Foi na casa materna que aprendi os grandes valores de minha vida, entre os quais o valor da justiça e do trabalho”, afirmou lembrando que sua mãe criou seus cinco filhos com as costuras que fazia. Agradeceu ainda sua esposa e filhos, seu “porto seguro”, falando que estes o rejuvenescem com sua juventude e vitalidade e “encantando vendo sonhos bons, cheios de bons propósitos que acalentam para o futuro. Vejo neles o que desejo e espero da geração que nos sucede: respeito pelas gerações passadas, crença na ciência, pensamento crítico e independente”.

Encerrando a solenidade, o presidente do TRF4 fez um breve retrospecto da história da Justiça Federal e de sua expansão, e também apresentado o tamanho, estrutura e dimensão da Seção Judiciária do RS. Ele parabenizou a gestão que encerra, ressaltando que ela “desempenhou com muito brilho e muita dedicação o seu mandato”.

Em relação à nova gestão, ele afirmou que não dúvidas que a Justiça Federal gaúcha está em “excelentes mãos”, mencionando alguns dados do currículo dos novos diretor e vice-diretor do Foro. “Nós temos absoluta certeza de que, nesse trabalho em conjunto, conseguirão conduzir com competência, firmeza, sobriedade, desassombro, humildade, cordialidade os trabalhos da Seção Judiciária do RS. Saberão certamente se valer daquelas habilidades necessárias ao administrador seja a conceitual, necessária para definição de estratégias. A habilidade humana ou interpessoal que é fundamental em qualquer função de gestão e administração e mesmo a habilidade técnica que tem, mas que será muito facilitada essa tarefa pela qualificação técnica dos servidores e servidoras que vão apoiá-lo. Por isso, existe equipe porque é uma complementariedade. As pessoas se completam e todo trabalho institucional certamente é resultado da participação de todos”, ele apontou.

Valle Pereira terminou ressaltando que a integração entre a gestão que se despede e a que inicia é a certeza do sucesso. “Dr. Paim utilizou, em linguagem metafórica, uma imagem muito apropriada: da corrida de revezamento. A passagem do bastão, metaforicamente, que implica colaboração, cooperação, ou seja, o resultado final vai depender sempre da participação de todos. Aquele que passa o bastão proporciona uma transição adequada, feita de forma correta facilita o trabalho daquele que o sucede e contribui para o resultado final na reta de chegada. Com o detalhe que, no caso da Justiça, a linha de chegada é sempre colocada mais adiante”, concluiu o desembargador.

Fonte: Comunicação Social/JFRS

Solenidade ocorreu de forma semipresencial
Solenidade ocorreu de forma semipresencial (Imagem: Comunicação Social/JFRS)

Fábio Vitório Mattiello destacou continuidade do trabalho e compromisso com as competências constitucionais
Fábio Vitório Mattiello destacou continuidade do trabalho e compromisso com as competências constitucionais (Imagem: Comunicação Social/JFRS)

Presidente do TRF4, desembargador Ricardo Teixeira do Valle Pereira, conduziu a cerimônia
Presidente do TRF4, desembargador Ricardo Teixeira do Valle Pereira, conduziu a cerimônia (Imagem: Comunicação Social/JFRS)

Autoridades e convidados participaram do evento de forma virtual
Autoridades e convidados participaram do evento de forma virtual (Imagem: Comunicação Social/JFRS)

A nova gestão vai atuar no biênio 2021-2023
A nova gestão vai atuar no biênio 2021-2023 (Imagem: Comunicação Social/JFRS)

Foram abertas hoje (6/7) as inscrições para estágio em Direito em análise processual do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). Os estudantes interessados deverão se inscrever até as 18h do dia 16/7.

Entre 6/7 e 18/7, depois de fazer a inscrição, o candidato deve enviar a documentação comprobatória para o e-mail selecao@trf4.jus.br. As inscrições homologadas serão divulgadas até 20/7.

O estágio tem carga horária de 4 horas, no turno da tarde, com remuneração de R$ 833,00, acrescidos de R$ 9,40 de auxílio-transporte por dia presencial trabalhado.

Avaliação

A prova será realizada no dia 22/7, às 14h30min, em plataforma online do TRF4 com acompanhamento síncrono em vídeo. Todas as informações pertinentes à prova serão disponibilizadas aos inscritos dois dias antes pelo e-mail cadastrado.

Para realizar a avaliação, que consistirá na realização de um relatório de um caso processual hipotético, o estudante deverá ter um computador com câmera e microfone em funcionamento, além de acesso à Internet.

O resultado será divulgado a partir de 12/8, e a data de ingresso prevista é 30/8.

Edital

Para participar do processo seletivo, é necessário ter cursado, no mínimo, 30% e, no máximo, 65% do curso de Direito, em uma das instituições de ensino conveniadas ao Tribunal.

Clique aqui para acessar o edital da seleção.


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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou no último mês (16/6) a Resolução n° 401/2021 que dispõe sobre o desenvolvimento de diretrizes de acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência nos órgãos do Poder Judiciário e de seus serviços auxiliares, e regulamenta o funcionamento de unidades de acessibilidade e inclusão.

A Resolução determina que, para promover a igualdade, devem ser adotadas, com urgência, medidas apropriadas para eliminar e prevenir quaisquer barreiras urbanísticas ou arquitetônicas, de mobiliários, de acesso aos transportes, nas comunicações e na informação, atitudinais ou tecnológicas.

Dessa forma, os órgãos da Justiça devem garantir para as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida quantas adaptações ou tecnologias assistivas sejam necessárias para assegurar acessibilidade plena a espaços, informações e serviços, além de coibir qualquer forma de discriminação por motivo de deficiência.

A publicação ainda prevê a acessibilidade nos portais e sites eletrônicos dos órgãos do Poder Judiciário às pessoas com deficiência, garantindo o pleno acesso às informações disponíveis, conforme as melhores práticas e diretrizes de acessibilidade adotadas internacionalmente.

Para promover a acessibilidade, a Justiça brasileira devem implementar, entre outras iniciativas: o uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras), do Braille, da audiodescrição, da subtitulação, da comunicação aumentativa e alternativa, e de todos os demais meios e formatos acessíveis de comunicação; a nomeação de tradutor e intérprete de Libras, sempre que figurar no processo pessoa com deficiência auditiva; a nomeação ou permissão de utilização de guia-intérprete, sempre que figurar no processo pessoa surdocega; o uso de recursos de tecnologia assistiva disponíveis para possibilitar à pessoa com deficiência o acesso universal aos portais da internet e intranet, ambientes virtuais de aprendizagem, sistemas judiciários e administrativos.

Já nos prédios do Judiciário devem ser adotadas todas as normas técnicas de acessibilidade na construção, na reforma, na locação, na ampliação ou na mudança de uso das edificações, orietando-se pela adoção do desenho universal. Assim, as adaptações arquitetônicas e urbanísticas devem permitir a livre movimentação, com independência e segurança, da pessoa com deficiência, utilizando rampas, elevadores, vagas de estacionamento próximas aos locais de atendimento e acesso facilitado para a circulação de transporte público nos locais dos postos de trabalho e atendimento ao público.

Clique aqui para acessar a íntegra do texto da Resolução.


(Foto: Stockphotos)

Em uma reunião telepresencial realizada ontem (5/7), foi apresentado o Projeto SEI – Escrutínio Eletrônico, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), para avaliação do Prêmio Innovare 2021. A apresentação foi coordenada pela diretora-geral da Corte, Sandra Mara Cornelius da Rocha, e teve a participação do avaliador Marcelo Bertuol.

A criação do Escrutínio Eletrônico foi uma das medidas adotadas a partir do ano passado pelo TRF4 para superar obstáculos impostos pela pandemia de Covid-19. Em maio de 2020, o Tribunal lançou essa plataforma pioneira de votação desenvolvida dentro do sistema SEI Julgar.

Dessa forma, a utilização do Escrutínio Eletrônico no SEI viabilizou a escolha dos membros da nova gestão do TRF4 por meio de votação secreta. Além disso, ainda permitiu a escolha dos magistrados promovidos para o cargo de desembargador federal por meio de composição de lista tríplice e de promoção para o cargo juiz federal, ambos em votação aberta.

A nova ferramenta possibilitou a realização de maneira remota dos trabalhos das sessões de escrutínio, mesmo durante a pandemia, com as reuniões impossibilitadas de serem feitas presencialmente.

Também participaram do encontro, o juiz federal coordenador do SEI, Eduardo Tonetto Picarelli, a gestora do Sistema, Patrícia Valentina Ribeiro Santanna Garcia, o gerente de desenvolvimento, Mairon Guerra Bathaglini, além do juiz federal José Luiz Terra.

O Prêmio Innovare é destinado para práticas inovadoras que estejam contribuindo com a qualidade e a modernização da Justiça brasileira.

A equipe responsável pelo SEI apresentou a plataforma do Escrutínio Eletrônico para os avaliadores do Prêmio Innovare
A equipe responsável pelo SEI apresentou a plataforma do Escrutínio Eletrônico para os avaliadores do Prêmio Innovare (Foto: Diego Beck/TRF4)

​Com o objetivo de priorizar os interesses da criança e evitar prejuízos a tratamento intensivo de saúde, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou habeas corpus impetrado pelos tios guardiões de uma menina, que pretendiam ter o direito de permanecer com ela, em tempo integral, durante sua internação hospitalar.

Na decisão, tomada por unanimidade, o colegiado considerou cabível a limitação das visitas, em razão da ocorrência de sérios desentendimentos dos guardiões com a equipe médica, o que poderia colocar em risco o sucesso do tratamento da criança.

"No específico caso dos autos, o acompanhamento dos guardiães no tratamento médico da criança em ambiente hospitalar, em tempo integral, tem se apresentado absolutamente temerário ao tratamento de saúde a que a criança se encontra submetida, o que, sob os auspícios dos melhores e prioritários direitos e interesses da criança, não se pode admitir", explicou o relator, ministro Marco Aurélio Bellizze, que já havia negado pedido liminar dos guardiões em dezembro do ano passado.

Cuidados especiais

De acordo com os autos, a criança tem hidrocefalia, depende de ventilação mecânica e está internada em hospital infantil. Os guardiões – que possuem a guarda provisória da menina – entraram com pedido para acompanhá-la em tempo integral, mas, em audiência de conciliação com o hospital, concordaram com as visitas durante uma hora por dia.

Posteriormente, os tios da menina voltaram a pedir a visitação em tempo integral e sem a necessidade de acompanhamento por terceiros, mas o Tribunal de Justiça de Minas Gerais manteve os termos acordados na audiência anterior.

No habeas corpus impetrado no STJ, os guardiões alegaram que o tempo de visita definido na audiência é insatisfatório para o atendimento dos interesses da criança. Sustentaram, ainda, que as demais crianças internadas podem ter a companhia dos pais 24 horas por dia.

Interesse da criança

Marco Aurélio Bellizze destacou que, de fato, o acompanhamento dos pais ou dos responsáveis durante o tratamento médico hospitalar, em período integral, tem expressa previsão legal no Estatuto da Criança e do Adolescente (artigo 12) e no Estatuto da Pessoa com Deficiência (artigo 22).

Todavia, destacou o magistrado, nas situações em que a norma protetiva não promover, concretamente, a preservação dos interesses da criança – mas, ao contrário, colocá-la em risco –, o regramento legal não poderá ser aplicado, ou deverá ser flexibilizado para que o direito e os melhores interesses da criança sejam efetivamente preservados.

"A fundamentação central adotada na origem está lastreada justamente no reconhecimento de que a permanência dos guardiães, em período integral, no ambiente hospitalar, compromete o tratamento médico da criança, essencial a sua sobrevivência, colocando, portanto, em clara situação de risco a sua segurança e saúde", observou.

Resultados positivos

Ao negar o pedido de habeas corpus, Bellizze acrescentou que, "sem tecer dúvida alguma quanto à boa intenção dos guardiães", não foi possível identificar ilegalidade ou abuso de poder na decisão que lhes impôs restrição na visita à criança, assegurando-lhes o acompanhamento da criança uma hora por dia, todos os dias.

O ministro observou também que, como o tratamento da criança tem apresentado resultados positivos, ela poderá ter alta do hospital em pouco tempo.

O número deste processo não é divulgado em razão de segredo judicial.

​A Secretaria de Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) atualizou a base de dados de Repetitivos e IACs Organizados por Assunto. Foram incluídas informações a respeito do julgamento dos Recursos Especiais REsp 1.856.967, REsp 1.856.968 e REsp 1.856.969, classificados no ramo de direito previdenciário, assunto revisão de benefício.

Os recursos estabelecem a legitimidade ativa de pensionistas e sucessores para propor, em ordem de preferência e em nome próprio, ação revisional de pensão por morte e de aposentadoria do segurado falecido. 

Plataforma

Os usuários podem acompanhar o passo a passo dos recursos repetitivos no STJ por meio da página Repetitivos e IACs, mantida pelo Núcleo de Gerenciamento de Precedentes (Nugep). O espaço traz informações atualizadas relacionadas à tramitação – como afetação, desafetação e suspensão de processos.

A página Repetitivos e IACs Organizados por Assunto disponibiliza os acórdãos já publicados (acórdãos dos recursos especiais julgados no tribunal sob o rito dos artigos 1.036 a 1.041 e do artigo 947 do Código de Processo Civil), organizando-os de acordo com o ramo do direito e por assuntos específicos.

Terá início nesta segunda-feira (5) o XXVI Seminário de Verão de Coimbra Direitos Fundamentais Direito Interatlântico, que contará com a participação do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, e de mais 12 ministros da corte. O evento é organizado pelo Instituto de Pesquisa e Estudos Jurídicos Avançados (IPEJA), em parceria com a Associação de Estudos Europeus de Coimbra (AEEC) e com a Universidade de Coimbra, e será transmitido ao vivo pelo canal do IPEJA no YouTube. A programação completa está disponível neste link.

Para os participantes que desejarem o certificado emitido pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, as inscrições devem ser feitas em formulário próprio.

Após a abertura do evento, marcada para as 10h, começará a primeira sessão de palestras, às 10h30, na qual serão discutidos dois temas: "O novo mundo pós-pandemia", e "O público, o privado e o social". Na sequência, às 11h45, ocorrerá a palestra "Mundialização ou relativização da cidadania". Às 13h15, ocorrerá a sessão de homenagem póstuma aos professores Antonio Veronezi e Hermes Figueiredo.

Além do ministro Humberto Martins, o seminário conta com a participação de outros 12 ministros: João Otávio de Noronha; Luis Felipe Salomão; Mauro Campbell Marques; Benedito Gonçalves; Raul Araújo; Paulo de Tarso Sanseverino; Villas Bôas Cueva; Sebastião Reis Júnior; Marco Buzzi; Moura Ribeiro; Reynaldo Soares da Fonseca, e Ribeiro Dantas. O seminário seguirá até esta terça-feira (6).

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, indeferiu nesta segunda-feira (5) um pedido de liminar em mandado de segurança para que a vacinação de adolescentes contra a Covid-19 ocorresse imediatamente, antes dos grupos definidos como prioritários pelo Ministério da Saúde.

Segundo o ministro Humberto Martins, o mandado de segurança não pode ser concedido com base em "meras suposições" de que a ordem dos grupos prioritários deveria ser diferente da estabelecida pelas autoridades no Programa Nacional de Imunizações.

"A parte impetrante apenas faz sugestão da mudança da política pública, adotada pela administração pública federal, de combate à pandemia da Covid-19, com o pleito de que adolescentes tomem vacinas antes de pessoas mais idosas e com comorbidades porque, segundo defende, tem havido consequências maléficas aos adolescentes, com as sequelas após o adoecimento" – comentou o ministro ao negar a liminar.

Vacinas autorizadas para adolescent​​es

De acordo com os autores do pedido, haveria uma inversão de prioridades por parte do Ministério da Saúde, pois os adolescentes serão vacinados por último, quando deveriam ser os primeiros.

No mandado de segurança, eles lembraram que a vacina da Pfizer foi autorizada pela Anvisa para a aplicação em adolescentes com mais de 12 anos, e que essa vacinação já ocorre em países da Europa e nos Estados Unidos.

Os impetrantes afirmaram que novas variantes do vírus são mais perigosas e atacam com agressividade as pessoas mais jovens, o que não poderia ser desconsiderado na definição dos grupos prioritários.

O presidente do STJ, porém, destacou que o mandado de segurança tem como premissa inafastável a formulação de pedido certo e determinado, comprovável de plano, sem a necessidade de produção de provas.

Mera sugestão de alteração dos ​​grupos

No caso, comentou o ministro, há apenas uma sugestão de mudança da política pública, sem que se tenha apontado ilegalidade em nenhum ato específico do Ministério da Saúde.

"Não está comprovado nenhum ato coator concreto corrigível pela via do mandado de segurança; não foi apontado nenhum ato a ser atribuído à autoridade coatora, mas tão somente, pretende-se realizar a substituição da autonomia administrativa estatal na condução da ordem cronológica da vacinação, objetivando passar na frente dos grupos prioritários", explicou Humberto Martins.

O ministro ressaltou que as conjecturas sobre a suposta necessidade de os adolescentes serem vacinados antes dos demais grupos, porque poderiam sofrer graves sequelas da doença, não caracterizam um direito líquido e certo que justifique o deferimento da liminar.

O mérito do pedido será julgado posteriormente pela Primeira Seção do STJ, sob a relatoria do ministro Gurgel de Faria.

O número deste processo não é divulgado em razão de segredo judicial.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) proferiu 916.855 mil decisões desde o início do trabalho remoto. A medida foi implementada desde 16 de março do ano passado, com a finalidade de evitar a disseminação da Covid-19.

Entre o início do regime de trabalho a distância e o dia 04 de julho de 2021, o STJ proferiu mais de 916 mil decisões, sendo 702.325 terminativas e 214.530 interlocutórias e despachos.

Das decisões terminativas, a maior parte foi monocrática (556.874). Houve 145.451 decisões colegiadas.

Produtividade

Entre as classes processuais, as que mais apresentaram decisões foram os agravos em recurso especial (284.543), os habeas corpus (188.990) e os recursos especiais (116.450).

Segundo os dados de produtividade, o tribunal realizou 303 sessões virtuais para o julgamento dos recursos internos (agravos regimentais, agravos internos e embargos de declaração).​

Mesmo com as medidas restritivas da pandemia, que impediu o contato direto com os jurisdicionados, a Justiça Federal da 4ª Região, por meio de audiências virtuais, chega ao meio do ano com cerca de 26,7 mil processos solucionados por meio de acordo, totalizando um valor de R$9,4 milhões. No primeiro semestre de 2019, anterior à pandemia e com audiências presenciais, o número de acordos no período foi de 27,8 mil. Dessa forma, a Conciliação da 4ª Região conseguiu contornar os desafios impostos pelo teletrabalho através da tecnologia.

Rio Grande do Sul

A 26ª Vara Federal de Porto Alegre, especializada em conciliação, fechou em torno de 2,5 acordos nos temas previdenciário e auxílio emergencial até junho. Ainda houve 49 acordos ligados ao programa Justiça Inclusiva, que tem como objetivo proporcionar o pagamento de auxílio doença às pessoas com dependência química e em tratamento na rede pública de saúde.

Já no Cejuscon de Porto Alegre, de janeiro a junho, foram obtidos quase 1,8 mil acordos, sendo as maiores demandas da unidade os temas de poupança e auxílio emergencial. Ao todo, foram fechados mais de 8,9 mil acordos no Estado, até junho deste ano.

Santa Catarina

Em Florianópolis, o Cejuscon homologou 3,2 mil acordos nos temas de seguro-desemprego, auxílio emergencial e poupança, de janeiro a junho. Quanto aos processos da poupança, são homologados, em média, 80 por dia. A Seção Judiciária de Santa Catarina obteve 11,9 mil acordos de conciliação.

Paraná

O Cejuscon de Curitiba, até junho, fechou 2,5 mil acordos nos temas de poupança, seguro desemprego, auxílio emergencial, Retribuição de Adicional Variável (RAV) e processos em que a Caixa Econômica Federal é parte.

O total de acordos em todo o Estado ficou em 5,8 mil.

Durante este período de teletrabalho, as três Seções Judiciárias estão organizando as tratativas de acordo por meio de audiências virtuais, Fórum de Conciliação Virtual (FCV) e também por petição nos autos dos processos eletrônicos.


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