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A Justiça Federal em Cachoeira do Sul (RS) já fez a mudança para a nova sede, edificada com condições amplas de acessibilidade e localizada na área central da cidade, facilitando o acesso do jurisdicionado aos serviços do órgão. Construída em piso térreo, também conta requisitos de sustentabilidade, como luminárias com lâmpadas led, equipamentos de ar condicionado com selo de eficiência energética classe “A”, os ambientes possuem janelas amplas que garantem melhores condições de iluminação e ventilação naturais e cisternas para reaproveitamento da água da chuva para irrigação da vegetação.

No prédio que até então sediava a instituição na cidade, existiam problemas referentes à acessibilidade, pois ocupava dois andares sem a existência de elevador. Assim, quando se recebiam pessoas com dificuldade de locomoção, era necessário organizar o atendimento no andar térreo.

Localizada na Rua Otto Mernack, nº 219, o novo prédio foi edificado na modalidade “build to suit”, já tradicional nas construções de sedes da Justiça Federal do RS (JFRS), em que há a publicação de um edital de chamamento para selecionar um investidor interessado no empreendimento. Os prédios são construídos para atender as necessidades da instituição mediante locação futura e já demonstraram ser um sistema eficiente e economicamente viável com processo transparente.

Em razão das medidas de prevenção à pandemia da Covid-19, incluindo o distanciamento social, trabalho remoto obrigatório e o fechamento dos prédios da JFRS, a inauguração da nova sede em Cachoeira do Sul será realizada em outro momento. Por outro lado, estas medidas proporcionaram que a mudança dos equipamentos e materiais do antigo edifício, além da instalação da rede lógica, pode ser realizada de forma mais tranquila e com apoio do 3º Batalhão de Engenharia de Combate, que chegou a mobilizar mais de 50 militares e acelerou o processo de transferência para nova sede.

O trabalho remoto também permitiu que a mudança ocorresse sem suspensão das atividades e prazos processuais. A 1ª Vara Federal de Cachoeira do Sul seguiu normalmente seu fluxo de trabalho, processando e sentenciando os feitos, realizando audiências, perícias e atendimentos aos advogados e jurisdicionados.

A Justiça Federal em Cachoeira do Sul foi inaugurada em 2005 com a instalação da 1ª Vara Federal. A subseção possui jurisdição sobre 12 municípios: Arroio do Tigre, Caçapava do Sul, Cachoeira do Sul, Cerro Branco, Encruzilhada do Sul, Ibarama, Lagoa Bonita do Sul, Novo Cabrais, Paraíso do Sul, Passa Sete, Segredo e Sobradinho. No local, atuam duas magistradas e 18 servidoras e servidores.

Fonte: Comunicação Social/JFRS

Nova sede que vai abrigar a Justiça Federal em Cachoeira do Sul (RS)
Nova sede que vai abrigar a Justiça Federal em Cachoeira do Sul (RS) (Foto: Comunicação Social/JFRS)

Mesmo com as medidas restritivas da pandemia, que impediu o contato direto com os jurisdicionados, a Justiça Federal da 4ª Região, por meio de audiências virtuais, chega ao meio do ano com cerca de 26,7 mil processos solucionados por meio de acordo, totalizando um valor de R$9,4 milhões. No primeiro semestre de 2019, anterior à pandemia e com audiências presenciais, o número de acordos no período foi de 27,8 mil. Dessa forma, a Conciliação da 4ª Região conseguiu contornar os desafios impostos pelo teletrabalho através da tecnologia.

Rio Grande do Sul

A 26ª Vara Federal de Porto Alegre, especializada em conciliação, fechou em torno de 2,5 acordos nos temas previdenciário e auxílio emergencial até junho. Ainda houve 49 acordos ligados ao programa Justiça Inclusiva, que tem como objetivo proporcionar o pagamento de auxílio doença às pessoas com dependência química e em tratamento na rede pública de saúde.

Já no Cejuscon de Porto Alegre, de janeiro a junho, foram obtidos quase 1,8 mil acordos, sendo as maiores demandas da unidade os temas de poupança e auxílio emergencial. Ao todo, foram fechados mais de 8,9 mil acordos no Estado, até junho deste ano.

Santa Catarina

Em Florianópolis, o Cejuscon homologou 3,2 mil acordos nos temas de seguro-desemprego, auxílio emergencial e poupança, de janeiro a junho. Quanto aos processos da poupança, são homologados, em média, 80 por dia. A Seção Judiciária de Santa Catarina obteve 11,9 mil acordos de conciliação.

Paraná

O Cejuscon de Curitiba, até junho, fechou 2,5 mil acordos nos temas de poupança, seguro desemprego, auxílio emergencial, Retribuição de Adicional Variável (RAV) e processos em que a Caixa Econômica Federal é parte.

O total de acordos em todo o Estado ficou em 5,8 mil.

Durante este período de teletrabalho, as três Seções Judiciárias estão organizando as tratativas de acordo por meio de audiências virtuais, Fórum de Conciliação Virtual (FCV) e também por petição nos autos dos processos eletrônicos.


(Stockphotos)

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) publicou a Portaria nº 453/2021, divulgando a listagem das comarcas da Justiça Estadual no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná que possuem competência federal delegada para processar e julgar as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, relativamente a benefícios de natureza pecuniária, no âmbito da Justiça Federal da 4ª Região.

A publicação cumpre a Resolução nº 603/2019 do Conselho da Justiça Federal (CJF), que dispõe sobre o exercício da competência da Justiça Federal delegada nos termos das alterações promovidas pela Lei nº 13.876/2019.

Clique aqui para acessar a íntegra da Portaria com a lista de todas as comarcas.

Delegação

De acordo com a Resolução do CJF, o exercício da competência delegada é restrito às comarcas estaduais localizadas a mais de 70 quilômetros do município sede da Vara Federal cuja circunscrição abrange o município sede da comarca. Para isso, deve ser considerada a distância entre o centro urbano do município sede da comarca estadual e o centro urbano do município sede da Vara Federal mais próxima, em nada interferindo o domicílio do autor.

Fachada da sede do TRF4, em Porto Alegre (RS)
Fachada da sede do TRF4, em Porto Alegre (RS) (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4)

O juiz federal convocado Sergio Renato Tajeda Garcia determinou, ontem (1°/7), a imediata desobstrução do canal de acesso ao Porto de Paranaguá (PR). Um grupo de pescadores se aglomerou no local, na última semana (24/6), impedindo o ingresso de navios, impossibilitando o carregamento e o descarregamento de mercadorias. Os manifestantes se opõem a uma obra que ocorrerá na área. O magistrado, da 4ª Turma da Corte, proibiu qualquer protesto no local, sob pena de multa de R$10 mil por dia.

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) interpôs um agravo de instrumento junto ao TRF4, solicitando a desobstrução, após o juízo da 11ª Vara Federal de Curitiba indeferir o pedido.  No recurso, a APPA afirmou que a Marinha do Brasil proíbe terminantemente protestos na área e que o ato compromete toda a cadeia logística de operações portuárias. Destacou também o receio de ter a posse do porto molestada, com o protesto agendado para hoje (2/7).

O juiz federal convocado deferiu, em parte, a tutela de urgência. “São incontestáveis os enormes prejuízos decorrentes da inibição do ingresso de navios no cais, que atingem não só a autoridade portuária, como também todos os demais envolvidos na cadeia logística, sem falar na sociedade como um todo, pois é inegável a importância estratégica do porto em questão para o país”, afirmou o magistrado.

Protesto

Os manifestantes são liderados pela Associação dos Nativos da Ilha do Mel, Praia Grande e Praia Oeste. Eles se opõem à derrocagem da Pedra de Palangana que, segundo eles, pode comprometer a fauna e a flora marinha do local.

Porto de Paranaguá (PR)
Porto de Paranaguá (PR) (Foto: José Fernando Ogura/AEN)

Os órgãos julgadores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) especializados em direito privado divulgaram os números referentes ao primeiro semestre de 2021. Os colegiados mantiveram produtividade elevada, mesmo com as adaptações necessárias em razão da pandemia da Covid-19.

Segunda Seção

A Segunda Seção recebeu 1.655 processos e baixou 1.822. Nos seis primeiros meses, o total de julgamentos foi de 2.697, sendo 2.095 de forma monocrática e outros 602 em sessão.

A presidente do colegiado, ministra Isabel Gallotti, lembrou que o resultado só foi possível graças ao trabalho de todos os membros da seção e dos servidores do tribunal. A ministra também enalteceu a participação do Ministério Público e dos advogados nas atividades do colegiado.

Terceira Turma

Os ministros da Terceira Turma receberam 12.383 processos no primeiro semestre e baixaram 16.375. Foram 24.533 processos julgados, sendo 14.978 de forma monocrática e 9.555 em sessão.

Ao apresentar as estatísticas da Terceira Turma, o presidente do colegiado, ministro Paulo de Tarso Sanseverino, apontou que os números revelam um "exagero de julgamentos", uma vez que, apenas no primeiro semestre do ano, cada ministro recebeu mais de seis mil processos e relatou mais de nove mil ações. 

Também integram o colegiado a ministra Nancy Andrighi e os ministros Villas Bôas Cueva, Marco Aurélio Bellizze e Moura Ribeiro.

Quarta Turma

Na Quarta Turma, 12.566 processos foram distribuídos e outros 14.129, baixados no período – uma redução de mais de 1.500 ações no estoque processual do colegiado. O número total de julgamentos foi de 22.183, sendo 14.617 de forma monocrática e 7.566 em sessão.

Presidente da Quarta Turma, o ministro Marco Buzzi destacou que os dados representam o esforço do colegiado para fazer frente ao expressivo volume de processos que, diariamente, são distribuídos aos ministros por todos os tribunais estaduais e regionais.

"O momento é oportuno também para destacar aquilo que mais nos orgulha em termos de prestação jurisdicional: a qualidade das decisões, dos votos e debates apresentados na turma e, por isso mesmo, nas várias teses de direito privado firmadas durante este semestre, as quais afetam o cotidiano das pessoas", destacou Buzzi.

Os ministros Luis Felipe Salomão, Raul Araújo, Isabel Gallotti e Antonio Carlos Ferreira também fazem parte da turma.​

Os três colegiados especializados em direito penal no Superior Tribunal de Justiça (STJ) divulgaram o balanço estatístico referente ao primeiro semestre de 2021. Apesar da pandemia causada pelo novo coronavírus, os órgãos julgadores conseguiram manter números expressivos de produtividade.

Terceira Seção

Nos primeiros seis meses do ano, a Terceira Seção recebeu 786 processos e baixou 684. Foram 1.087 processos julgados – 813 de forma monocrática e 274 em sessão.

O presidente do colegiado, ministro Reynaldo Soares da Fonseca, destacou os dois repetitivos julgados pela seção, cujos precedentes qualificados passam a orientar os tribunais do país no julgamento de questões idênticas. O dirigente também elogiou o trabalho do presidente anterior da seção, ministro aposentado Nefi Cordeiro.

Quinta Turma

Na Quinta Turma, 26.215 processos foram distribuídos e 28.302, baixados. Ao todo, 35.116 processos foram julgados nos primeiros seis meses do ano, sendo 28.046 em decisões monocráticas e outros 7.070 em sessão.

O ministro Joel Ilan Paciornik, presidente da Quinta Turma, destacou a crescente produtividade do colegiado, e creditou os resultados ao trabalho dos ministros e dos servidores do tribunal.

Os ministros Felix Fischer, João Otávio de Noronha, Reynaldo Soares da Fonseca e Ribeiro Dantas também integram o colegiado.

Sexta Turma

A Sexta Turma recebeu 24.944 processos e baixou 26.085, mostrando redução no acervo processual. O colegiado julgou 32.326 processos, 25.934 de forma monocrática e 6.392 em sessão.

Compõem o colegiado a ministra Laurita Vaz e os ministros Sebastião Reis Júnior, Rogerio Schietti Cruz e Antonio Saldanha Palheiro (presidente), além do desembargador convocado Olindo Menezes.

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Nesta quinta (1º), às 18h, será lançado o livro Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência – Teoria e Prática, de autoria do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luis Felipe Salomão e do procurador do Estado do Rio de Janeiro Paulo Penalva Santos.

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Nesta sexta edição, o volume foi atualizado, revisto e ampliado com a reforma na Lei de Recuperação Judicial (Lei 11.101 de 2005) e de acordo com a Transação de Créditos Tributários e Não Tributários da União – Lei 13.988/2020.

​O lançamento ocorrerá de forma virtual, no canal do YouTube do Gen Jurídico

​O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, participou nesta quinta-feira (1º), de um evento virtual organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em homenagem ao centenário do advogado José Cavalcanti Neves, único pernambucano a presidir o conselho federal da entidade.

Ele é o membro mais longevo do Conselho Federal da OAB e exerceu a presidência da entidade de 1971 a 1973. Na OAB de Pernambuco, foi presidente de 1958 a 1971. O advogado completa 100 anos neste sábado (3).

"José Cavalcanti Neves tem uma vida dedicada à advocacia e à política de classe, sempre com o olhar voltado ao engrandecimento do exercício da advocacia, ao respeito às prerrogativas da classe e à defesa intransigente dos Direitos Humanos e do Estado Democrático de Direito", comentou o ministro Humberto Martins, ao discursar na homenagem.

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O presidente do STJ lembrou que pôde acompanhar de perto o trabalho de José Cavalcanti quando esteve na presidência da OAB de Alagoas, de 1998 a 2002. Ele destacou que o pernambucano é um exemplo positivo para as futuras gerações com o seu legado de luta pela consolidação do Estado de Direito.

"Com a vitalidade e a energia de sempre, hoje, às portas de completar 100 anos, José Cavalcanti continua surpreendendo a todos com seus exemplos de luta e união da classe dos advogados, sempre a serviço da cidadania", comentou Martins.

Orgulho para Pernambuco

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), destacou o currículo do homenageado e disse que ele é motivo de orgulho para o estado e exemplo a ser seguido na luta pela democracia. Câmara disse que José Cavalcanti Neves exerceu com desenvoltura o papel de advogado em um período de transformações sociais no Brasil. Para o governador, não há dúvidas sobre a relevância do homenageado no cenário nacional e, especialmente, em Pernambuco.

Por sua vez, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), saudou a atuação de José Cavalcanti Neves na organização e estruturação da OAB tanto no estado como no país, garantindo a democracia como valor essencial para a sociedade. O prefeito disse que, ao longo de sua trajetória, o homenageado nunca se furtou da responsabilidade de defender valores éticos e morais em todas as oportunidades que teve.

Parentes de José Cavalcanti Neves, conselheiros da OAB, advogados convidados e diversas outras autoridades do Judiciário participaram do evento virtual.

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Estão abertas as inscrições para o curso de especialização Jurisdição Penal Contemporânea e Sistema Prisional, o primeiro da modalidade oferecido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O curso é gratuito e será realizado entre agosto de 2021 e maio de 2022, com coordenação científica do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogerio Schietti Cruz. São 40 vagas e carga horária prevista de 360 horas/aula em formato remoto. As inscrições podem ser feitas até o dia 13 de julho, no site da Enfam.

"O curso é inovador em diversos sentidos. Além da estreia da modalidade de especialização na Enfam, magistrados e magistradas participarão de uma necessária abordagem crítica sobre o papel jurisdicional no contexto prisional atual", avalia o ministro Rogerio Schietti.

De acordo com o ministro, a formação vai demonstrar o potencial da tomada de decisão para um controle mais eficiente da porta de entrada e de saída do sistema penal, de forma alinhada ao conceito de proporcionalidade penal.

Serão 32 vagas para o público-alvo preferencial – magistrados e magistradas dos Tribunais de Justiça e dos Tribunais Regionais Federais com atuação na área penal interessados em aprofundar conhecimento de questões contemporâneas no campo penal e prisional. As oito vagas restantes têm caráter excepcional, podendo ser ocupadas por servidores ou servidoras públicas do Poder Executivo ou Judiciário, membros do Ministério Público e convidados indicados pela Presidência do CNJ.

Além da observância de políticas inclusivas – incluindo cor/raça, equidade de gênero, diversidade étnica e pessoas com deficiência –, o processo seletivo prioriza a escolha de uma pessoa por estado e o Distrito Federal, no caso da Justiça Estadual, e uma por região, no caso da Justiça Federal. Também terão prioridade as interessadas lotadas em unidades de audiências de custódia ou em varas de execução penal e que componham os Grupos de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMFs) em seus tribunais.

Sobre o cu​​rso

A carga de 360 horas é dividida em um eixo introdutório, três eixos temáticos e 14 disciplinas obrigatórias a serem cursadas em até 12 meses. Entre os temas abordados por professores originários da magistratura, da academia e da área técnica, estão uma abordagem crítica sobre a efetividade do sistema penal no Brasil e no mundo, as audiências de custódia, as alternativas ao encarceramento e o controle da superlotação carcerária pelo Judiciário. Após o período de aulas, os participantes terão 60 dias para a elaboração do trabalho de conclusão de curso.

O curso parte de produtos de conhecimento lançados pelo CNJ em 2020 que trouxeram uma leitura atualizada sobre os desafios na porta de entrada do sistema prisional. Tanto o curso quanto os produtos integram as atividades do progra​ma Fazendo Justiça, parceria iniciada em 2019 pelo CNJ e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para superar desafios estruturais no campo da privação de liberdade. Na área das audiências de custódia, o programa tem o apoio do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

Além de trabalhar o conteúdo da coleção Fortalecimento da Audiência de Custódia, que contém cinco manuais com novos parâmetros de atuação da magistratura no campo, o curso fomentará participação ativa de juízes e juízas na gestão de vagas penais com foco no controle da superlotação e em torno da governança interinstitucional. Nesse sentido, serão abordados temas como gestão pública, orçamento e custos da política penal.

O curso é gratuito e ocorrerá no formato remoto via plataforma Teams for Education, com possibilidade de momentos presenciais na sede da Enfam, em Brasília, ao final do curso. A carga horária semanal é de seis horas síncronas (aulas em grupo), distribuídas em dois dias da semana no período noturno. Também haverá até 1h30 por dia para atividades assíncronas, cumpridas a critério do aluno em acordo com os professores.

Justificativa​

O Brasil ocupa a terceira posição entre os países que mais encarceram no mundo – na contramão dos primeiros da lista, que estão reduzindo suas populações prisionais. Além disso, o país já teve suas prisões reconhecidas como estado de coisas inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (ADPF 347). O "Aperfeiçoamento da Gestão da Justiça Criminal" é um dos temas prioritários da Estratégia Nacional do Poder Judiciário 2021-2026 (Resolução CNJ 325/2020).

"O objetivo do curso é criar possibilidades de ação atualizadas no campo da justiça criminal, com parâmetros renovados de respostas do Judiciário para responder aos desafios concretos no campo penal e prisional", destaca o coordenador institucional do curso, Luís Lanfredi. A coordenação acadêmica é dividida entre a professora Manuela Abath Valença (Universidade Federal de Pernambuco) e o juiz Américo Bedê Freire Junior (Tribunal Regional Federal da 2ª Região).

Com informações do CNJ.​

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou recurso de Leonid El Kadre de Melo, condenado na Operação Hashtag como um dos líderes do grupo criminoso que se dedicava a promover o Estado Islâmico (ISIS) no Brasil, e manteve a prisão na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS).

A Defensoria Pública da União (DPU) recorreu contra a decisão da 14ª Vara Federal de Curitiba, que renovou a permanência na penitenciária federal em junho, alegando que ele não representa risco à segurança pública e que já foram feitas quatro renovações, com o apenado há mais de quatro anos em regime considerado excepcional. 

O desembargador federal Luiz Carlos Canalli, relator do caso, negou o pedido, entendendo que a manutenção da prisão está suficientemente motivada. Em sua decisão, reproduziu fundamentações anteriores que, segundo o magistrado, seguem valendo. “Além de suficientemente comprovada a periculosidade de Leonid, resta também comprovado o interesse da segurança pública em mantê-lo custodiado em Presídio Federal de segurança máxima (art. 3º da Lei nº 11.671/2008). Em razão do perfil de liderança, sua inserção no sistema carcerário estadual facilitaria a doutrinação e/ou a difusão de ideias extremistas, gerando inegáveis riscos à sociedade.” Ele deverá permanecer por mais um ano, contado a partir do dia 30 de junho de 2021.

Operação Hashtag

A Operação Hashtag foi deflagrada pela Polícia Federal em julho de 2016, prendendo um grupo que fazia propaganda do Estado Islâmico do Iraque (ISIS) nas redes sociais e estimulava jovens para ações terroristas, bem como tentava obter fundos para financiar tais ações.


(Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil/EBC)